Visita inesperada
Noite sem lua com negras nuvens extendidas, ainda bem que estas condições e o fato de serem as 02:00 a.m. afastam as testemunhas...
Ando com pressa, tentando ser o mais silencioso possível, seria díficil explicar a presença de alguém em plena madrugada de terça-feira neste bairro, seria mais fácil pensarem em um ladrão "estudando" as casas em vez de ser somente alguém passando por lá em forma incidental.
- Israel - gritava sensei Kenji - você precisa soltar mais golpe, non? Você muito rígido, non pode fazer kata assim!! - e sensei Kenji demostrava o movimento.
- Ossu!! - respondi e repetia o movimento mais uma vez
- Bom Israel, pode melhorar, prática! Todos, a aula acabou, formação!
- Ossu! - gritavamos todos e començavamos a nos agrupar de acordo a graduação, os de graduação mais alta a frente de direita a esquerda.
A dor e o peso no peito é até tolerável, o me deixa puto é a falta de ar e a vista querendo embaçar... CARALHO!! Não posso deixar me pegarem, não agora. Minha respiração comença a ficar audível, começo a andar mais devagar, evito ao máximo me afastar das sombras. Não ouço ninguém me seguindo... será possível que os tenha despistado? O prédio onde Milore mora esta logo alí, a uns 50 metros... mas não posso deixar que me vejam entrando...
- Asimetría torácica, diminuição da pressão arterial e ingurgitação jugular somente com esses três parâmetros já podemos fazer o diagnóstico de pneumotórax hipertensivo - explicava o dr. "Veneno" Rojas - lembrem, o dignóstico é C-L-I-N-I-C-O, CLINICO!! - gritava - isso quer dizer q não precisa de Raio-X nem de nenhum outro estudo de imagenologia para fazer o diagnóstico e receber tratamento de emergência - o cara podia ser um merda seca para dar nota, mas puta que o pariu, como sabia...
Toco a campainha na sequencia combinada para que ela saiba que sou eu. Estou apoiado na batente da porta e me certifico que não fui seguido... minha vista esta piorando e começo a sentir frio, só a mão apoiada no peito continua quente. Agora conto até 10 e toco de novo a campainha na mesma sequência, não ouço ninguém somente o cachorrinho do "apertamento" de cima do da Milore que començava a latir, mas tá tudo bem, já vi a dona Julia uma vez, ela é professora de uma unidade da FEBEM e por isso a coitada recebe tratamento para a síndrome do pânico... já deve ter tomado seu Dormonid... um professor deveria ser tratado melhor...
- Não acredito! Vocês beberam toda a minha garrafa de whisky!! - gritava meu avô quando voltou da viagem - Você e teu primo realmente aprontaram desta vez...
- Ay, crianças, crianças... o que faremos com vocês? - preguntava minha avô, mais preocupada que zangada - especialmente você Leonardo. Você que é mais velho e devia dar exemplo para o teu primo.
- Mas Vó - se defendeu meu primo - a gente não vai negar que bebeu o whisky, mas era ano novo, estavamos sozinhos e resolvemos chamar alguns dos vizinhos para uma reunião aqui em casa... repararam como a casa tá limpinha? Toda essa limpeza e só custou um prato...
- Vocês quebraram um prato? Além de terem bebido meu wishky de doze anos... - agora lamentava meu avô mais do que gritava.
- Olha - dice minha avó - vocês resolvam isso enquanto vou à cozinha ver o que a empregada tá fazendo... ay, ay, estas crianças, estas crianças... - repetia enquanto se afastava.
Meu avô deu uma olhada para cozinha para se certificar se a audição da minha estava "fora de alcance" e depois voltou a nos encarar - Imagino que do dia seguinte vocês não esquecerão tão cedo... - disse mais calmo.
- Tem razão vovô - respondi - não quero voltar a beber nunca mais foi um festival de vômit... depois dessa experiência realmente...
Meu avô e meu primo começaram a rir baixo - É exatamente isso que sempre dizemos na primeira vez, hahaha!! - Riu meu avô - Olhem, tá tudo bem comigo, mas não deixem a tua avó saber que eu os perdoei tão rápido... meu whisky de doze anos, não poderiam ter bebido da garrafa de pinga...
- Hã, vô - chamou meu primo - Israel e eu também bebemos dela...
- Pôxa, mas vocês hein? Tomara que pelo menos todo esse investimento tenha servido terem comido alguém durante a festa...se é que me entendem? - disse meu avô dando uma piscadinha.
De repente uma luz é acesa e a porta se abre...
- Oi Milore, apaga luz e me deixa entrar... desculpa chegar a estas horas, mas será que poderiamos subir para convers...
- Israel!! - ela acabava de perceber - você está esta sangrando...
- Pois é! E vou precisar de ajuda - minha voz començava a ficar ronca e sentia um aperto na garganta - Lá encima te conto tudo ... por enquanto vamos precisar de uma faca, uma caneta, alcoól e uns panos limpos... e... e...
- E?
- E... já te disse que você fica muito linda quando tá com carinha de sono? - disse, forçando um sorriso.
Ando com pressa, tentando ser o mais silencioso possível, seria díficil explicar a presença de alguém em plena madrugada de terça-feira neste bairro, seria mais fácil pensarem em um ladrão "estudando" as casas em vez de ser somente alguém passando por lá em forma incidental.
- Israel - gritava sensei Kenji - você precisa soltar mais golpe, non? Você muito rígido, non pode fazer kata assim!! - e sensei Kenji demostrava o movimento.
- Ossu!! - respondi e repetia o movimento mais uma vez
- Bom Israel, pode melhorar, prática! Todos, a aula acabou, formação!
- Ossu! - gritavamos todos e començavamos a nos agrupar de acordo a graduação, os de graduação mais alta a frente de direita a esquerda.
A dor e o peso no peito é até tolerável, o me deixa puto é a falta de ar e a vista querendo embaçar... CARALHO!! Não posso deixar me pegarem, não agora. Minha respiração comença a ficar audível, começo a andar mais devagar, evito ao máximo me afastar das sombras. Não ouço ninguém me seguindo... será possível que os tenha despistado? O prédio onde Milore mora esta logo alí, a uns 50 metros... mas não posso deixar que me vejam entrando...
- Asimetría torácica, diminuição da pressão arterial e ingurgitação jugular somente com esses três parâmetros já podemos fazer o diagnóstico de pneumotórax hipertensivo - explicava o dr. "Veneno" Rojas - lembrem, o dignóstico é C-L-I-N-I-C-O, CLINICO!! - gritava - isso quer dizer q não precisa de Raio-X nem de nenhum outro estudo de imagenologia para fazer o diagnóstico e receber tratamento de emergência - o cara podia ser um merda seca para dar nota, mas puta que o pariu, como sabia...
Toco a campainha na sequencia combinada para que ela saiba que sou eu. Estou apoiado na batente da porta e me certifico que não fui seguido... minha vista esta piorando e começo a sentir frio, só a mão apoiada no peito continua quente. Agora conto até 10 e toco de novo a campainha na mesma sequência, não ouço ninguém somente o cachorrinho do "apertamento" de cima do da Milore que començava a latir, mas tá tudo bem, já vi a dona Julia uma vez, ela é professora de uma unidade da FEBEM e por isso a coitada recebe tratamento para a síndrome do pânico... já deve ter tomado seu Dormonid... um professor deveria ser tratado melhor...
- Não acredito! Vocês beberam toda a minha garrafa de whisky!! - gritava meu avô quando voltou da viagem - Você e teu primo realmente aprontaram desta vez...
- Ay, crianças, crianças... o que faremos com vocês? - preguntava minha avô, mais preocupada que zangada - especialmente você Leonardo. Você que é mais velho e devia dar exemplo para o teu primo.
- Mas Vó - se defendeu meu primo - a gente não vai negar que bebeu o whisky, mas era ano novo, estavamos sozinhos e resolvemos chamar alguns dos vizinhos para uma reunião aqui em casa... repararam como a casa tá limpinha? Toda essa limpeza e só custou um prato...
- Vocês quebraram um prato? Além de terem bebido meu wishky de doze anos... - agora lamentava meu avô mais do que gritava.
- Olha - dice minha avó - vocês resolvam isso enquanto vou à cozinha ver o que a empregada tá fazendo... ay, ay, estas crianças, estas crianças... - repetia enquanto se afastava.
Meu avô deu uma olhada para cozinha para se certificar se a audição da minha estava "fora de alcance" e depois voltou a nos encarar - Imagino que do dia seguinte vocês não esquecerão tão cedo... - disse mais calmo.
- Tem razão vovô - respondi - não quero voltar a beber nunca mais foi um festival de vômit... depois dessa experiência realmente...
Meu avô e meu primo começaram a rir baixo - É exatamente isso que sempre dizemos na primeira vez, hahaha!! - Riu meu avô - Olhem, tá tudo bem comigo, mas não deixem a tua avó saber que eu os perdoei tão rápido... meu whisky de doze anos, não poderiam ter bebido da garrafa de pinga...
- Hã, vô - chamou meu primo - Israel e eu também bebemos dela...
- Pôxa, mas vocês hein? Tomara que pelo menos todo esse investimento tenha servido terem comido alguém durante a festa...se é que me entendem? - disse meu avô dando uma piscadinha.
De repente uma luz é acesa e a porta se abre...
- Oi Milore, apaga luz e me deixa entrar... desculpa chegar a estas horas, mas será que poderiamos subir para convers...
- Israel!! - ela acabava de perceber - você está esta sangrando...
- Pois é! E vou precisar de ajuda - minha voz començava a ficar ronca e sentia um aperto na garganta - Lá encima te conto tudo ... por enquanto vamos precisar de uma faca, uma caneta, alcoól e uns panos limpos... e... e...
- E?
- E... já te disse que você fica muito linda quando tá com carinha de sono? - disse, forçando um sorriso.
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