++ INSÔNIA: Tudo que for ofídio, castro!

07 agosto, 2006

Tudo que for ofídio, castro!

Pois é camaradas... se vc acham que demorava para atualizar o blog imaginem agora: longe de casa, sem computador própio, jejuando para poder pagar a lan house e acessar o orkut...
Isto não vai parar, ainda que a taxa de visitas seja baixa, o que importa é que são visitas de qualidade =) e bem, pra falar a verdade a veia criativa anda um pouco fraca mesmo mas vamos resolver isso de alguma forma (imagino que em breve o fato de estar jejuando ira me propiciar alguma alucinação interessante, até agoras as que tive foram meio corriqueiras).
Pelo menos quem comentar aqui tem uma vantagem: a certeza de que sempre estará entre os top ten (sem importar quanto tempo passe depois de ser publicado o post).
Bem, enquanto a inspiração não dá as caras por aqui, vejam o texto de Don Solda (eu aposto na imortalidade do Fidel... Arriba Cuba!).



"Vamos apostar:Fidel nunca vai morrer, o que é um ótimo precedente jurídico até para os não-ditadores – eu, inclusive. Se não morrer, não há porque se preocupar com Cuba, que vai continuar parecendo o que nunca foi ou sendo o que nunca pareceu – escolha aí.Se Fidel morrer, contrariando as expectativas dele próprio e sobretudo as de seus inimigos, que desejam isso desde que faltavam 50 anos pro octagésimo aniversário dele, aí começam e não terminam mais as preocupações com Cuba.Primeiro, pela óbvia possibilidade do castrismo ir adiante. Até aí tudo bem, como diria um cubano numa bóia a meio caminho da Flórida. Fidel não poria um estranho no ninho e por isso o irmão foi eleito em casa – ele tem o DNA do autoritarismo, não vai deixar que tudo que Fidel controlou em décadas seja liberado em meses.Para o espírito de Fidel, pelo menos, fica garantido que não haverá eleições tão cedo e que o povo cubano não precisa se preocupar com uma invasão da democracia. Uma preocupação que se inicia nessa irmandade e avança pela descendência. Nesse caso, eles que são cubanos que se entendam.Em segundo, é a chance muito real e próxima do invasor Número Um do Mundo decidir que ele e os mariners dele têm que resolver os ”problemas internos” de Cuba. Aí é o charuto torce pro lado errado.Cuba, aquela admirável ilha habitada por cidadãos tão encantadores (quando cantam, dançam, fazem teatro ou cinema ou literatura ou, simplesmente, quando vivem suas não-tão livres vidas, amando e sonhando como qualquer povo) que nem parecem fidelistas, essa Cuba deve ser deixada em paz.Quer dizer, uma paz local, nascida lá da vontade deles, acertada ao modo deles, entre eles. Como qualquer país não fidelizado. Ou como tantos países já “ajudados”pelos EUA em nome de uma liberdade que eles mesmos se encarregam de impossibilitar assim que põem a bota na soleira da fronteira.Bão, são impressões mais superficiais que o levantamento do Gúgol Earth em riba de Cuba; tudo que sei de Cuba não rende um caderno turístico ou um volume de coleção-primeiros-passos. Limitado assim, geopolítica e ideologicamente, só posso palpitar e o meu palpite é que desta vez convém a reação antes da ação.Cubra Cuba de atenção. Encha o saco postal da embaixada americana com cartas, bilhetes, emails, mensagens, o escambau. Enquanto Fidel está respirando. Ou você aposta na imortalidade do comandante?"
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